Pesquisar
Close this search box.

Modelagem de orelha – O que é esse tratamento que pode ajudar o seu bebê

Modelagem de orelha

Modelagem de orelha. Por Dr. Rafael Ferreira Zatz

Modelagem de orelha

Finalmente saiu do útero da mamãe! É um momento de festa, de celebração para a família inteira! Depois que a adrenalina abaixa, os pais começam a reparar nos detalhes do bebê. Percebem que as orelhinhas são um pouco diferentes… e hoje, é possível pensar em uma modelagem de orelha.

As deformidades das orelhas são muito frequentes. Podem ser genéticas ou decorrentes da posição do bebê dentro do útero. De qualquer forma, são logo notadas nos primeiros dias. Cerca de um terço se resolve naturalmente na primeira semana de vida. Caso contrário, serão presentes na vida da criança sem nenhum impacto na audição, mas com danos psicológicos.

Já é provado que as deformidades de orelha geram prejuízo na autoestima e dificuldade de relacionamento. Infelizmente, é um foco frequente de bullying. Frequentemente, é visto o impacto inclusive na personalidade adulta. Por esses motivos, muitos pais procuram orientação médica.

Antigamente, as deformidades de orelhas eram corrigidas apenas ao redor dos 6-7 anos, quando é indicada a otoplastia. Contudo, atualmente é possível a correção não cirúrgica com a modelagem das orelhas!

Nas primeiras semanas de vida, o bebê ainda tem hormônios da mãe circulando em seu corpo. As cartilagens ficam mais flexíveis, maleáveis. Após um tempo, os hormônios se tornam inativos e as cartilagens se tornam mais rígidas. Assim, até a 6ª semana de vida há a oportunidade de modificar a estrutura da orelha!

Como é o tratamento da modelagem de orelha?

O tratamento é baseado na moldagem com um material específico, baseado em silicone para uso médico. Cada molde é feito de forma individualizada, de acordo com a deformidade de cada orelhinha. O procedimento é realizado em consultório, sem qualquer sofrimento ao bebê. Inclusive, a maioria costuma dormir e nem perceber!

O molde é mantido de forma contínua por 1 semana. Os pais não precisam modificar nada em casa, apenas deixar intacto até o retorno. As reavaliações semanais são necessárias para o ajuste fino do molde, corrigindo a deformidade gradativamente. Além disso, é preciso retirar o molde para a higienização do local e examinar a pele.

O resultado é duradouro! A orelhinha se mantém com o crescimento da criança, evitando um procedimento cirúrgico no futuro. É observado que o resultado é melhor quanto antes for iniciado o tratamento. O ideal é que se inicie na segunda semana de vida.

Será que vou conseguir lidar com isso?

É muito frequente aparecerem dúvidas e medos, ainda mais nas primeiras semanas de vida. Os pais estão se adaptando a essa nova rotina, enquanto a mãe ainda está se recuperando do parto recente. Algumas vezes, pode ser estressante e a correção das orelhas parece ser só mais uma tarefa nessa fase…

Esse é o momento de esclarecer as dúvidas. Conversando e entendendo sobre o tratamento, os pais percebem que é mais simples do que parece e costuma ocorrer de forma tranquila!

Caso tenha se interessado pelo tratamento, entre em contato. Nossa equipe está bem capacitada para esclarecer suas dúvidas e agendar o tratamento do seu bebê!

Estas são as principais dúvidas dos pais quando falamos da modelagem de orelha

A modelagem de orelha machuca o bebê?

O molde é feito de um material macio que não gera nenhum incômodo ao bebê. Ele pode até se deitar de lado, apoiando a orelha com o molde, sem sentir dor ou desconforto.

O molde pode dar alergia ou rejeição?

Molde é realizado com silicone para uso médico e fixado com micropore. Esses materiais, assim como os produtos que utilizo na modelagem não são alergênicos e são bem tolerados pelo corpo.

O molde é sempre o mesmo?

Não. Cada criança apresenta um tipo diferente de deformidade, necessitando de um molde totalmente personalizado. O tratamento é individualizado.

Até quando posso iniciar o tratamento?

O tratamento deve ser iniciado antes da 6ª semana de vida, período em que a cartilagem ainda é maleável e permite a modelagem. Contudo, quanto antes iniciado, melhor é o resultado obtido. O mais indicado é que se inicie até a 3ª semana de vida.

Qual é o tempo total de tratamento?

A modelagem envolve 2 fases. A primeira parte é de modelagem propriamente dita, que dura cerca de 1 mês. Após, se inicia a fase de manutenção, também por cerca de 4-6 semanas, mas com retornos mais espaçados, a cada 2-3 semanas. O período exato é definido conforme a resposta do bebê durante o tratamento.

O tratamento é coberto pelo convênio?

O tratamento pode ser coberto pelo convênio, de forma parcial ou total. Depende da operadora e do plano contratado.

O bebê pode tomar banho durante o tratamento?

Com certeza! O banho pode ser dado na banheira, evitando apenas dar no chuveiro. É orientado a não submergir a orelha da criança, para não encharcar o molde. Caso molhe o molde, deve secar com o uso de secador frio.

Já realizado o molde na primeira consulta?

Sempre agendamos um período maior na primeira consulta para poder esclarecer todas as dúvidas e já realizar a primeira moldagem, se os pais desejarem. Alguns pais preferem apenas entender o tratamento na primeira consulta e pensar sobre o assunto. Nesse caso, realizamos a moldagem em outro atendimento.

O resultado é permanente?

Sim. O resultado obtido é duradouro, com baixas taxas de recidiva. Cabe relembrar que os melhores resultados são obtidos quando o tratamento é iniciado precocemente.

Se suspender o tratamento no meio, haverá algum problema ao meu bebê?

Não, apenas não terá todo o benefício do tratamento e aumentará a chance de perder o resultado já obtido.

É necessário anestesiar o bebê para o tratamento?

Não. O procedimento é indolor ao bebê e é realizado no consultório. Sem a necessidade de internação hospitalar ou anestesia.

Quais são os casos que não podem ser tratados com modelagem de orelhas?

As orelhas aumentadas (Macrotia) ou não desenvolvidas (microtias/anotia) não podem ser tratadas com essa técnica.

Quais são as deformidades de orelhas mais comuns?

As deformidades mais frequentes são:

– Orelhas proeminentes (orelhas de abano)
– Lop ear (orelhas com a parte de cima dobrada)
– Orelha constrita (dobra em toda a orelha, convergindo para o meio).

Dr. Rafael Ferreira Zatz
Cirurgião Plástico especializado em Cirurgia Plástica Pediátrica no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP. Atualmente, é médico colaborador no Hospital das Clínicas e atende em sua clínica privada.

Está gostando do conteúdo! Compartilhe!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.

Categorias

Post Recentes